Poesia é talvez o género literário mais impotante da literatura Portuguesa. É o género literário onde se exprimem os sentimentos, as emoções, os desejos, os sentidos, ...
O poema desponta no leitor várias e diversificadas emoções. Existem poemas que ao serem lidos nos deixam extasiados e outros que nos deixam melancólicos.Isto ocorre quando ao ler o poema o transpomos para a nossa vida.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Florbela Espanca-(1894 – 1930)
Florbela Espanca foi uma grande figura da poesia portuguesa no inicio das décadas do século XX. Na minha opinião a poetisa deixa transparecer nos seus poemas o seu estado de espírito e as suas histórias de vida.Florbela escreve com uma linguagem própria, retratando a natureza e demonstrando sentimentos; a sua feminilidade deixa transparecer nos seus poemas uma veia sensual.
Uma das prinicipais marcas desta poetisa é o uso do soneto, o que atribui ao poema uma formação especial.
Aqui fica o poema que mais atenção despertou em mim:
Morte, minha Senhora Dona Morte,
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Tão bom que deve ser o teu abraço!
Lânguido e doce como um doce laço
E como uma raiz, sereno e forte.
Não há mal que não sare ou não conforte
Tua mão que nos guia passo a passo,
Em ti, dentro de ti, no teu regaço
Não há triste destino nem má sorte.
Dona Morte dos dedos de veludo,
Fecha-me os olhos que já viram tudo!
Prende-me as asas que voaram tanto!
Vim da Moirama, sou filha de rei,
Má fada me encantou e aqui fiquei
À tua espera... quebra-me o encanto
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Biografia de David Mourão-Ferreira
Escritor e professor universitário português, natural de Lisboa. Licenciou-se em Filologia Românica em 1951. Em 1957, iniciou a sua carreira de professor universitário na Faculdade de Letras de Lisboa. Afastado desta actividade entre 1963 e 1970, por motivos políticos, foi professor catedrático convidado da mesma instituição a partir de 1990. Entretanto, mantivera nos anos 60 programas culturais de rádio e televisão. Em 1963 foi eleito secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Autores e, já nos anos 80, presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Logo após o 25 de Abril de 1974, foi director do jornal A Capital. Secretário de Estado da Cultura em vários governos entre 1976 e 1978, foi também director-adjunto do jornal O Dia entre 1975 e 1976. A sua carreira literária teve início em 1945, com a publicação de alguns poemas na revista Seara Nova. Três anos mais tarde, ingressou no Teatro-Estúdio do Salitre e no Teatro da Rua da Fé. Publicou as peças Isolda (1948), Contrabando (1950) e O Irmão (1965). Em 1950, foi um dos co-fundadores da revista literária Távola Redonda, que se assumiu como veículo de uma alternativa à literatura empenhada, de realismo social, que então dominava o panorama cultural português, defendendo uma arte autónoma. Em 1950, publicou o seu primeiro volume de poesia — Secreta Viagem.Foi poeta, romancista, crítico e ensaísta. A sua poesia caracteriza-se pelas presenças constantes da figura da mulher e do amor, e pela busca deste como forma de conhecimento, sendo considerado como um dos poetas do erotismo na literatura portuguesa.Entre os seus livros de poesia encontram-se Tempestade de Verão (1954, Prémio Delfim Guimarães), Os Quatro Cantos do Tempo (1958), In Memoriam Memoriae (1962), Infinito Pessoal ou A Arte de Amar (1962), Do Tempo ao Coração (1966), A Arte de Amar (1967, reunião de obras anteriores), Lira de Bolso (1969), Cancioneiro de Natal (1971, Prémio Nacional de Poesia), Matura Idade (1973), Sonetos do Cativo (1974), As Lições do Fogo (1976), Obra Poética (1980, inclui as obras À Guitarra e À Viola e Órfico Ofício), Os Ramos e os Remos (1985), Obra Poética, 1948-1988 (1988) e Música de Cama (1994, antologia erótica com um livro inédito). Ensaísta notável, escreveu Vinte Poetas Contemporâneos (1960), Motim Literário (1962), Hospital das Letras (1966), Discurso Directo (1969), Tópicos de Crítica e de História Literária (1969), Sobre Viventes (1976), Presença da «Presença» (1977), Lâmpadas no Escuro (1979), O Essencial Sobre Vitorino Nemésio (1987), Nos Passos de Pessoa (1988, Prémio Jacinto do Prado Coelho), Marguerite Yourcenar: Retrato de Uma Voz (1988), Sob o Mesmo Tecto: Estudos Sobre Autores de Língua Portuguesa (1989), Tópicos Recuperados (1992), Jogo de Espelhos (1993) e Magia, Palavra, Corpo: Perspectiva da Cultura de Língua Portuguesa (1989). Na ficção narrativa, estreou-se em 1959 com as novelas de Gaivotas em Terra (Prémio Ricardo Malheiros), os contos de Os Amantes (1968), e ainda As Quatro Estações (1980, Prémio da Crítica da Associação Internacional dos Críticos Literários), Um Amor Feliz, romance que o consagrou como ficcionista em 1986 e que lhe valeu vários prémios, entre os quais o Grande Prémio de Romance da APE e o Prémio de Narrativa do Pen Clube Português, e Duas Histórias de Lisboa (1987). Deixou ainda traduções e uma gravação discográfica de poemas seus intitulada «Um Monumento de Palavras» (1996). Alguns dos seus textos foram adaptados à televisão e ao cinema, como, por exemplo, Aos Costumes Disse Nada, em que se baseou José Fonseca e Costa para filmar, em 1983, «Sem Sombra de Pecado». David Mourão-Ferreira foi ainda autor de poemas para fados, muitos deles celebrizados por Amália Rodrigues, tal como «Madrugada de Alfama». Recebeu, em 1996, o Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.
Poema- Mãe
Mãe,
Tu és a mais esplendorosa das mães.
Tu és a mais bela das Mulheres.
És a figura mais humana que alguma vez conheci.
O teu colo é o mais afável dos colos.
O teu beijo é o mais afectuoso dos beijos.
O teu carinho é o mais confortante dos carinhos.
O teu sorriso é o mais sincero dos sorrisos.
O teu abraço é o mais aconchegado dos abraços.
O teu olhar é o mais puro dos olhares.
O teus cabelos os mais delicados cabelos.
A tua pele é a mais macia das peles.
A tua voz é a mais suave das vozes.
O teu amor é o mais verdadeiro de todos os amores,
Por essa razão, tenho orgulho de dizer:
Sempre te amei,
Amo-te,
Sempre te irei amar.
Aconteça o que acontecer,nunca ninguém nos conseguirá separar.
Mesmo se algum dia desapareceres,
Dentro de mim fica a lembrança
De nunca te esquecer,
Mãe.
Tu és a mais esplendorosa das mães.
Tu és a mais bela das Mulheres.
És a figura mais humana que alguma vez conheci.
O teu colo é o mais afável dos colos.
O teu beijo é o mais afectuoso dos beijos.
O teu carinho é o mais confortante dos carinhos.
O teu sorriso é o mais sincero dos sorrisos.
O teu abraço é o mais aconchegado dos abraços.
O teu olhar é o mais puro dos olhares.
O teus cabelos os mais delicados cabelos.
A tua pele é a mais macia das peles.
A tua voz é a mais suave das vozes.
O teu amor é o mais verdadeiro de todos os amores,
Por essa razão, tenho orgulho de dizer:
Sempre te amei,
Amo-te,
Sempre te irei amar.
Aconteça o que acontecer,nunca ninguém nos conseguirá separar.
Mesmo se algum dia desapareceres,
Dentro de mim fica a lembrança
De nunca te esquecer,
Mãe.
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